quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O poeta

Ah!
Essa maldita dor de cabeça que não me deixa sonhar.
O que olho arde na vista,
Arde na vida.
Queria apenas voar como um pássaro
Em busca de um ninho
Para poder encher de vida
Aquele monte de galhos.

Ah!
Nada mais queria a um sorriso.
Nada mais queria a um afago.
Nada mais queria a um ser para
Entregar-lhe o futuro nas mãos.

Porque minhas mãos estão furadas
E o futuro escorre nelas,
E o futuro se esvazia de presente.

Porque o futuro é muito leve
Mas carrega um grande peso.
A vida.

E que se possa achar um poeta alegre,
Mesmo que quase impossível,
Pois o poeta que escreve com a tinta amada,
Há sempre uma dor a carregar.

Mas que poeta não sofre?
Apenas posso cantar:
"Sou um poeta e não aprendi a amar."

- Vitor Rabelo de Sá

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