sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Balada de agosto.

Lá fora a chuva desaba e aqui no meu rosto
Cinzas de agosto e na mesa o vinho derramado
Tanto orgulho que não meço
O remorso das palavras que não digo

Mesmo na luz não há quem possa se esconder no escuro
Duro caminho o vento a voz da tempestade
No filme ou na novela
É o disfarce que revela o bandido

Meu coração vive cheio de amor e deserto
Perto de ti dança a minha alma desarmada
Nada peço ao sol que brilha
Se o mar é uma armadilha nos teus olhos


- Fagner & Zeca Baleiro


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Romanza

Già la sento,
già la sento morire,
però è calma sembra voglia
dormire;
poi con gli occhi
lei mi viene a cercare,
poi si toglie
anche l’ultimo velo,
anche l’ultimo cielo,
anche l’ultimo bacio.
Ah, forse colpa mia,
ah, forse colpa tua,
e così son rimasto a pensare.
Ma la vita,
ma la vita cos’è
tutto o niente,
forse neanche un perchè.
Con le mani
lei me viene a cercare,
poi mi stringe,
lentamente mi lascia,
lentamente mi stringe,
lentamente mi cerca.
Ah, forse colpa mia,
ah, forse colpa tua,
e così sono rimasto a guardare.
E lo chiamano amore,
e lo chiamano amore,
e lo chiamano amore
una spina nel cuore
che non fa dolore.
È un deserto
questa gente
con la sabbia
in fondo al cuore
e tu,
che non mi senti più,
che non mi vedi più,
avessi almeno il coraggio
e la forza di dirti
che sono con te.
(Ave Maria, ave Maria.)
Ah, forse colpa mia,
ah, forse colpa mia,
e così son rimasto così
son rimasto così.

Già la sento
che non può più sentire;
in silenzio
se n’è andata a dormire,
è già andata a dormire.


Compositor: Mauro Malavasi

Cantor: Andrea Bocelli


domingo, 16 de janeiro de 2011

Noite, mar, fogo e cinzas.

Quero ver seus olhos brilharem
Como a tranquila noite,
Que junto com luar,
Tenta alimentar os sonhos dos poetas,
Famintos, querendo apenas alegria.

Quero viver novamente, com emoção.
Junto com o que mais amo, grandioso mar.
Calmo, sereno, eterna paixão.

Quero que esse fogo
Que queima meu corpo,
Apague lentamente,
Deixando o sofrimento
Ao lado.

Quero que restem apenas as cinzas.
Para que eu possa, futuramente,
Incendiar o meu coração
Com tudo aquilo que fora queimado.


-> Vitor Rabelo de Sá

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Filosofia do Oriente

És a razão inteira do meu ser.
A cada dia vivido com o prazer,
Estimulando-me intensamente
Com essa filosofia do Oriente.

Agitações moleculares, corporais
E todos esses movimentos astrais,
Construiram o casulo da personalidade,
Aquele que tanto guardo, com felicidade.

Chamo-te de arte, de beleza, de paz.
Uso-te ao meu favor, ao meu crescer.
Dia pós dia, criando a perfeição.

És nobre, és serena, és severa.
A opinião sobre o ser.
Realidade do meu coração.


->Vitor Rabelo de Sá

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O livro dos dias.

Ausente o encanto antes cultivado
Percebo o mecanismo indiferente
Que teima em resgatar sem confiança
A essência do delito então sagrado
Meu coração não quer deixar
Meu corpo descansar
E teu desejo inverso é velho amigo
Já que o tenho sempre a meu lado
Hoje então aceitas pelo nome
O que perfeito entregas mas é tarde
Só daria certo aos dois que tentam
Se ainda embriagado pela fome
Exatos teu perdão e tua idade
O indulto a ti tomasse como bênção
Não esconda tristeza de mim
Todos se afastam quando o mundo está errado
Quando o que temos é um catálogo de erros
Quando precisamos de carinho
Força e cuidado
Este é o livro das flores
Este é o livro do destino
Este é o livro de nossos dias
Este é o dia de nossos amores


- Renato Russo



domingo, 9 de janeiro de 2011

Tears in heaven.

Would you know my name
If I saw you in Heaven?
Will you be the same
If I saw you in Heaven?
I must be strong
And carry on
'Cause I know I don't belong
Here in Heaven

Would you hold my hand
If I saw you in Heaven?
Would you help me stand
If I saw you in Heaven?
I'll find my way
Through night and day
'Cause I know I just can't stay
Here in Heaven

Time can bring you down
Time can bend your knees
Time can break your heart
Have you begging please
Begging please

Beyond the door
There's peace
I'm sure
And I know there'll be no more
Tears in Heaven

Would you know my name
If I saw you in Heaven?
Will you be the same
If I saw you in Heaven?


- Eric Clapton / Will Jennings




sábado, 8 de janeiro de 2011

O desejo.

Queira-se fazer eterno
Aqueles momentos vividos
Tão simples e curtos,
Porém, eternamente belos.

Queira-se fazer amor
Todo o contato entre dois.
A magia do número é tão bela,
Que nem mesmo Deus
Acredita em ter feito.

Faça-se a beleza da vida,
Pura e serena,
Com a força do meu canto
Que entoa em todo o vácuo
No mais puro encanto.

Chora-se pelo fim,
O encerramento da peça,
A última nota da canção,
A última letra do poeta.

Com a razão de rezar
E clamar e desejar e suplicar
Pelo encanto que é o
Querer amar eternamente
Durante o simples momento
De estar junto a ti.





--> Vitor Rabelo de Sá

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

3ª do plural.

Corrida pra vender cigarro
Cigarro pra vender remédio
Remédio pra curar a tosse
Tossir, cuspir, jogar pra fora
Corrida pra vender os carros
Pneu, cerveja e gasolina
Cabeça pra usar boné
E professar a fé de quem patrocina
Querem te matar a sede, eles querer te sedar
Eles querem te vender, eles querem te comprar

Quem são eles?
Quem eles pensam que são?

Corrida contra o relógio
Silicone contra a gravidade
Dedo no gatilho, velocidade
Quem mente antes diz a verdade
Satisfação garantida
Obsolescência programada
Eles ganham a corrida antes mesmo da largada

Eles querem te vender, eles querem te comprar
Querem te matar de rir, querem te fazer chorar
Quem são eles?
Quem eles pensam que são?

Vender, comprar, vendar os olhos
Jogar a rede... contra a parede
Querem te deixar com sede
Não querem te deixar pensar
Quem são eles?
Quem eles pensam que são?



- Humberto Gessinger



quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Estrelas.

Pela marca que nos deixa
A ausência de som que emana das estrelas
Pela falta que nos faz
A nossa própria luz a nos orientar
Doido corpo que se move
É a solidão nos bares que a gente frequenta
Pela mágica do dia
Que independeria da gente pensar
Não me fale do seu medo
Eu conheço inteira sua fantasia
E é como se fosse pouca
E a tua alegria não fosse bastar
Quando eu não estiver por perto
Canta aquela música que a gente ria
É tudo que eu cantaria
E quando eu for embora, você cantará



- Oswaldo Montenegro



quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Magia de amor.

Me fascina tua morte mal morrida
E a tua luta pra ficar em tal estado
O teu beijo, tão fatal, nunca me assusta
Pois existe um fim pelo sangue derramado

Me fascinam teus olhos quando brilham
Pouco antes de escolher quem te seduz
E me fascinam os teus medos absurdos
A estaca, o alho, o fogo, o sol, a cruz

Me fascina a tua força, muito embora
Não consiga resistir à frágil aurora
E tua capa, de uma escuridão sem mácula

Me fascinam os teus dentes assustadores
E teus séculos de lendas e de horrores
E a nobreza do teu nome, Conde Drácula



- Raul Seixas / Paulo Coelho