sábado, 28 de outubro de 2017

Teus olhos me denunciam
Quando desejo o
Teu sabor de gozo.


Vitor Rabelo de Sá
(19/06/2017)
Cai em mim
A gota da vida
E sinto a cada instante
Uma força

Cai em mim
A esperança
De um dia poder
Ser.

Cai em mim
O peso do tempo
O sonho de um cochilo
Sentir.

Cai em mim
Essa paisagem
Essa memória
Essa imensidão.

Cai em mim
A gota da vida
E me alerta,
Como num susto,
O agora.

E caminho.

Mesmo sem ter por onde ir.

E vago.

Feliz.


Vitor Rabelo de Sá
(19/06/2017)

Às vezes dói

Às vezes dói
O aperto no peito
Às vezes sangra
O olhar.

Às vezes enche
O vazio,
Às vezes some
O sonhar.

Às vezes rio,
Confesso,
Às vezes corro.

Às vezes sinto,
Surpreso.
Às vezes vejo.

Às vezes está
Às vezes não.

Tenho em mim
O vazio,
Tenho em mim
A imensidão.

Às vezes aperta
A saudade
Mas às vezes dói
De verdade.
Às vezes não,
Sinceridade


Vitor Rabelo de Sá
(05/06/2017)

Um fio de cabelo

Um fio de cabelo
Ficou sobre a cama.

Um fio longo,
Escuro,
Com os resquícios de seu perfume.

Por ele me entrego,
Me desarmo e fico frágil.
Frágil ao ponto de ser
Verdade para ti.

Por isso eu guardo
Esse fio de cabelo
Com seu perfume.

Aqui

No coração.


Vitor Rabelo de Sá
(11/05/2017)
Você pairava acima de mim
Com teu riso no canto da boca
Balbuciando prazeres
E sempre na descoberta
De querer mais e mais.

Você flutuava num ritmo de canção
Você fazia as estrelas descerem
Até o nosso quarto para nos observar.

Radiante, você estava.
Com tua energia de criar sóis.

E eu, parado, apreciava
A tua beleza em forma de mulher.


Vitor Rabelo de Sá
(24/04/2017)

Ver-te, quero.

Ver-te, quero.
Despida de seus panos
E de suas máscaras.

Ver-te, preciso.
Com sua habilidade
De sinceridade.

Ver-te, almejo.
Cantarolando amores
Ao meu lado.

E, por fim,
Sentir-te.
Nua,
Crua,
Na tua beleza
De ser.


Vitor Rabelo de Sá
(06/04/2017)

Passarinho

Tu veio, passarinho
Voando alto, lá do horizonte
Para me trazer esse canto
Que, a todo instante,
Faz alegria em mim.

Tu veio voando e deixou
Um pedacinho do céu.
Não sei se por descuido
Ou presente.

Tenho agora, passarinho,
Um pedacinho de ti
E um pedacinho do céu
Para sempre olhar.

Tenho a certeza
Que tu voltará novamente
Nesse seu voar
E vai alegrar, certamente,
Essa minha forma de amar.


Vitor Rabelo de Sá
(26/03/2017)

Garoa

E tu veio contra a gravidade
Subiu do sul aqui pro norte
Trazer essa garoa até inundar
Meu coração de felicidade


Vitor Rabelo de Sá
(23/03/2017)

Multiplicidade

Sou multiplicidade
Soma mais completa
Que origina de tua luz.

Sou a vida que jorra
De teu rio.
Eu sou o fruto que cai
Pronto para brotar.

Faço de minha poesia
A tua nova existência
A tua veleza
E todo teu encanto.

Faço a minha poesia entoar
Propagar, navegar.

Faço a minha poesia ser
Aqui que hoje
Ainda não é.

Mas será.

Porque a minha poesia
Nasce de ti.

Esperança.


Vitor Rabelo de Sá
(16/03/2017)

Pássaro-brilho

É quando brilha
A luz de teus olhos
Que a cidade há
De ser alumiada.

É nesse teu olhar
Que sempre me sorri
Que há de fazer
Todo o sertão, florir.

Tu podes percorrer
do sul ao norte
Ou do norte ao sul
Mas saibas que és
Um pouquinho de cada um.

Então voa, passarinho,
Sejas livre com o vento
E ilumine, junto com
O sol,
Todos os cantos
Que o teu coração desejar.


Vitor Rabelo de Sá
(11/03/2017)

Caminho

Caminho por aí
Querendo achar
Onde começa o riso.

Caminho por aí
Querendo viver
A cada dia, a alegria.

Caminho por aí
Querendo sentir
O calor de um abraço.

Caminho por aí
Mesmo sem saber
Para onde ir.

Caminho porque
A estrada me move e
Parado não hei de ficar.

Caminho porque
Tenho todo o mundo
Para explorar.


Vitor Rabelo de Sá
(10/03/2017)

Tenho em mim a força de um sorriso

Tenho em mim
A força de um sorriso,
A esperança de um abraço
E a serenidade de um olhar.

Guardo, no peito,
O teu flutuar,
A tua brisa leve
Que entra e arrasta
Toda a tristeza.

E sei que me encontro
Em cada encontro
De nossos olhares.

E sinto o teu coração pulsar.

E sinto a minha alma vibrar.

E faço plenitude de mim
Em cada encontro com
A sua presença.


Vitor Rabelo de Sá
(05/03/2017)

Serei pó

Serei pó
E de pó
Tenho o vento
Que me leva.

Serei poeira
Leve que flutua
Em volta de teus olhos.

Serei pó,
Serei poeira.

Serei a mudança
Que meu sopro
Necessita.

E que eu continue
Por aí, feito pó
Poesia.


Vitor Rabelo de Sá
(02/03/2017)

Nós em nós

Sinto teu beijo queimar
Vejo teu olhar penetrar
Encontro, em teus braços, acolhimento
E, em ti, viajo.

Viajo porque preciso
Viajo pelo bem querer
Viajo, então, para te ter
Aqui, perto.

A gente sabe que
É preciso se encontrar
Nessa vida
E então sobreviver.

Mas o que passa despercebido
É que para esse encontrar,
A gente precisa mesmo
É de gente
É de braços e abraços.

Porque é só nesse encontro
De nós em nós
Que faremos sinceridade
De mim e de ti.



Vitor Rabelo de Sá
(14/02/2017)

Romance policial

Pela noite
De estrelas
Sou acompanhado.

Sempre a lembrança
De tua nuvem
A enfeitar seu corpo.

São três gotas
Coloridas.

São palavras
De um romance
Policial.

E vago por aí
Repetindo o
Mesmo itinerário.

A procura de tua
Poesia.


Vitor Rabelo de Sá
(06/02/2017)

Viagem

Faço de meu destino
Esse desejo de
Te descobrir sempre.

Pois em cada vez
Que te toco,
Sinto sempre
Uma nova emoção.

Em cada vez
Que te beijo,
Sinto o mais belo
Prazer do teu sabor.

E sempre que nos amamos
Faço uma nova viagem
Em teu cheiro,
Em teu toque,
Em teu sabor,
Em tuas emoções,
Em tuas vibrações.

E, toda vez que estou
Diante de ti,
Viajo.



Vitor Rabelo de Sá
(02/02/2017)

Caminho

Me jogo no abismo
Infinito de seu perfume
Que me encanta,
Que me seduz
E que me conquista.

Me faço presente
Em todos os toques
De tua pele macia
Que me aquece,
Que me conforta
E que me abriga.

E me faço fácil
Para você.
Deixo que me guie,
Deixo que me conduza
Mesmo quando estou
Com os olhos vendados.

Pois não preciso de nada
Além do que seu cheiro
Para que eu te ache
Mesmo que distante

Vitor Rabelo de Sá
(26/01/2017)