sábado, 28 de agosto de 2010

Venha

Venha, estou de braços abertos para você
Estou lhe esperando aqui
Contando os dias
Deixei toda a casa arrumada
Basta você voltar
Venha pois não aguento mais
Essa angústia
Essa solidão
Venha me encher
Encher de satisfação
Venha me matar!
Venha,
Pois a espero
Espero neste corpo frio
Esse corpo farto dessa vida medíocre
Estou lhe esperando
Não sei quando vem
Mas a espero
Minha amiga felicidade.




- Vitor Rabelo de Sá

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Egoísmo

Vamos comemorar essa fraqueza
Esse país de orgulhos idiotas
Vamos idolatras cada idiota e sua hipocrisia
Cada burgues que pensa que pode tudo
Só pelos números de uma máquina

Vamos explorar cada pedacinho
Cada pedacinho que os egoistas têm

Venha, estou esperando
A cada instante está mais perto
Vamos juntos revolucionar nossa casa
Que o mundo nunca iremos

Pois os egoistas não querem compartilhar
E os burgueses não querem perder seus números

Cada orgulho que temos
O idiota que obteve
O idiota que virou egoista
Que o egoista com sua ganância
Virou um burgues
E o burgues morreu de fome
Contando seus preciosos números

Assim,
O Brasil morreu
Morreu querendo ajuda
Esperando aqueles de que se orgulharam
E acabaram morrendo juntos





-Vitor Rabelo de Sá

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Meu lugar

O que aconteceu aqui?
Está tão vazio...
Eu já estive aqui
E era tão alegre
Sempre era alegre,

O que aconteceu aqui?
Eu tinha uma casinha ali
Perto daquele jardim
Atrás daquela árvore
Não queria que desaparecesse,

O que aconteceu aqui?
Onde está o lago que eu fiz?
Onde estão os peixes que eu criei?
Não vejo mais nada...

O que aconteceu aqui?
As árvores estão derrubadas
Os matos arrancados
E as casas devastadas.

Ouvi dizer que foi uma chuva
Uma chuva não faz tudo isso,
Será?

Quero voltar para esse lugar
Mas não assim,

Quero voltar para esse lugar
Voltar para minha casa e ver um mundo alegre,

Quero voltar a ver o dia como um dia,
Não um dia como um fim.



- Vitor Rabelo de Sá

Camila, Camila

Depois da última noite de festa
Chorando e esperando amanhecer, amanhecer
As coisas aconteciam com alguma explicação
Com alguma explicação

Depois da última noite de chuva
Chorando e esperando amanhecer, amanhecer
Às vezes peço a ele que vá embora
Que vá embora

Camila
Camila, Camila

Eu que tenho medo até de suas mãos
Mas o ódio cega e você não percebe
Mas o ódio cega

E eu que tenho medo até do seu olhar
Mas o ódio cega e você não percebe
Mas o ódio cega

A lembrança do silêncio
Daquelas tardes, daquelas tardes
Da vergonha do espelho
Naquelas marcas, naquelas marcas

Havia algo de insano
Naqueles olhos, olhos insanos
Os olhos que passavam o dia
A me vigiar, a me vigiar

Camila
Camila, Camila

E eu que tinha apenas 17 anos
Baixava a minha cabeça pra tudo
Era assim que as coisas aconteciam
Era assim que eu via tudo acontecer


- Nenhum de Nós

---------------------------------------------------------------------------------------------

--> Uma grande crítica em forma de música, uma das músicas mais famosas da banda Nenhum de Nós, que vários(as) grandes artistas/bandas do rock brasileiro regravaram, como, Cazuza (álbum "Por aí") e Biquíni Cavadão (CD/DVD "Ao vivo"). Sua crítica retrata à violência contra a mulher, estupro, violência física ou mental. Realmente um marco na música brasileira.


domingo, 15 de agosto de 2010

Polícia

Dizem que ela existe
Prá ajudar!
Dizem que ela existe
Prá proteger!
Eu sei que ela pode
Te parar!
Eu sei que ela pode
Te prender!...

Polícia!
Para quem precisa
Polícia!
Para quem precisa
De polícia...(2x)

Dizem prá você
Obedecer!
Dizem prá você
Responder!
Dizem prá você
Cooperar!
Dizem prá você
Respeitar!...

Polícia!
Para quem precisa
Polícia!
Para quem precisa
De polícia...(2x)

-Titãs

----------------------------------------------------------------------------------------------


Será que realmente precisamos dessa polícia?

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Digitado em poesia

Chegamos ao final
Desse século-milênio
E passo pelo poscênio
Desse infinito curral
E vendo nesse postal
Um bardo na cantoria
Concentrado na alquimia
E com o pensamento puro
Estarei pelo futuro
Digitado em poesia

Nesse tempo a região
Que se chamou de Nordeste
Terra de cabra da peste
De Silvino e Lampião
Do Padre Ciço Romão
Gigante da romaria
Da fé que nos alumia
Quando o tempo é escuro
Estarei pelo futuro
Digitado em poesia

Nessa época de luta
Muito trabalho espera
O povo da nova era
Impera nessa labuta
E vendo nessa disputa
O mundo em harmonia
A vida traz alegria
E projetado eu lhe juro
Que estarei pelo futuro
Digitado em poesia



- Zé Ramalho



--> Estaremos no futuro digitados em poesia!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Sonhos

Não há mais nada para nós
Não há mais razão entre nós
Roubaram nossas vidas
E agora querem mais

Quem quer viver para sempre?
Quem quer morar para sempre?
Sozinho,sozinho...

Não venha me alegrar
Você roubou minha vida
E agora você quer mais

Não quero mais viver assim
Não quero mais essa razão assim
Sozinho, sozinho...

Temos que construir nossos sonhos
Para voltar a sermos felizes
Para termos tudo...
Para termos a boa razão...

Quem vai me salvar?
Quem vai me salvar?
Da morte...
Da morte...

E eu só quero viver assim
Sozinho...
Com meu amor.


-Vitor Rabelo de Sá