quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Beija-Flor.

E a vida passa nos meus olhos.
E a natureza vai se amostrando
Para encantar-me a visão,
Para atacar a mais pura
Emoção
Da razão
Da paixão.

E a vida passa assim,
Como um Beija-Flor,
Rápida, leve,
Proliferando a vontade
Do cantar,
Do dançar,
Do amar.

E como o Beija-Flor
Quero ser.
Voar,
Beijar,
Cheirar,
Polinizar.

A mais pura vontade da alma.

Vida.


- Vitor Rabelo de Sá

Cada.

Cada casa,
Cada abrigo,
Cada amigo,
Cada sorriso.

Cada vida,
Cada tempo,
Cada ordem,
Cada vento.

Cada coisa,
Cada caso,
Cada olhar,
Cada conhecer.

Cada mentir,
Cada falar,
Cada verdade,
Cada vontade. (Sentir)

Cada mimo,
Cada afago,
Cada fogo,
Cada abraço.

Cada vida,
Vida acaba.
Cada caso
Ao acaso.

Cada gesto,
Cada amor,
Cada ação,
Cada dúvida...

Dúvida, dívida, dados, dádivas.
Angústia, tormento, tornado, momento.
Tudo, tudo, apenas em tudo existe a dúvida.

Cada casa, cada amigo,
Cada sorriso, cada vida.


- Vitor Rabelo de Sá.

Contudo.

Contudo tudo era canto,
Era música, ternura.
Contudo tudo era sonho,
Era desejo, vontade.
Contudo tudo era sussurro,
A profundeza da voz,
A tranquilidade do tom.

Contudo tudo era fim,
Era começo, era agora.
Contudo tudo era tempo,
Era alegria, momento.
Contudo tudo era profecia,
A vontade já estampada
No aço dos olhos.

Contudo nada era tudo.
A tristeza sufocada
Pela gargalhada,
Pelo olhar,
Pelo cheiro.

E de nada em tudo,
Espero eu, contudo,
Que a música não pare,
Que a corda não relaxe,
Que a vida
Seja apenas vida.

Mas contudo tudo seja arte,
Seja vida, sorriso,
Felicidade.


- Vitor Rabelo de Sá