Contudo tudo era canto,
Era música, ternura.
Contudo tudo era sonho,
Era desejo, vontade.
Contudo tudo era sussurro,
A profundeza da voz,
A tranquilidade do tom.
Contudo tudo era fim,
Era começo, era agora.
Contudo tudo era tempo,
Era alegria, momento.
Contudo tudo era profecia,
A vontade já estampada
No aço dos olhos.
Contudo nada era tudo.
A tristeza sufocada
Pela gargalhada,
Pelo olhar,
Pelo cheiro.
E de nada em tudo,
Espero eu, contudo,
Que a música não pare,
Que a corda não relaxe,
Que a vida
Seja apenas vida.
Mas contudo tudo seja arte,
Seja vida, sorriso,
Felicidade.
- Vitor Rabelo de Sá
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