sexta-feira, 24 de junho de 2011

Dedicatória.

Meu corpo, apesar de carne,
É energia pura, bruta.
Encapsulada na minha
Vontade de viver, eterna.

O dia-a-dia que vivo,
Que de tão sublime, torna-se
Mágica para meus olhos.

Sou, apenas, mais um
Pequeno corpo alegre,
Com uma gigante alma
Explodindo de amor.

Esses fios dourados
De minha vida,
Ainda não os tenho,
Possuo-os em sonhos
Alegres.

Que a vida há sofrimentos
É verdade.
Mas retiro do sofrer
Toda minha alegria diária.

Se de tudo que sofro
Sou alegre, então,
De alegria sou por inteiro.


-Vitor Rabelo de Sá

Felicidade - Lupicínio Rodrigues.




Interpretação de: Pena Branca e Xavantinho

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Aquele sonho que sempre tive.

Uma simples tarde,
Encontro a mulher amada.
A sintonia é perfeita.
A alegria é eterna.

Meu corpo tem o êxtase
Do mais belo prazer.
Em poucas horas,
Torno-me multidão.

Aquela conversa toda,
O contato do corpo,
O riso ingênuo.
Ah! Minha vida!

Não bastasse a beleza
Do momento vivido,
Acordo de manhã
Relembrando prazerosamente...

Aquele sonho que sempre tive.



- Vitor Rabelo de Sá

Minha força.

A minha força é liberdade.
Minha bebida é o suor.
Minha alegria é a vontade.
Minha vida, o amor.

Não sei o que quero saber,
Mas sei do que não sei.
Sou uma criança, sei de tudo,
Sou adulto, de nada mais sei.

Não quero a fortuna,
Quero a riqueza.
Eu não almejo o luxo,
Desejo apenas o conforto.

Eu quero tudo!
De tudo, nada hei de ter.
Porque de toda minha vida,
Só me falta o amor.


- Vitor Rabelo de Sá

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Fases.

Meu grito de guerra
É eterno.
Minha vontade de viver
É intensa.
O prazer sentido diariamente
É escasso.
O meu silêncio
Me falta.

Meu amor
É desejo.
Minha coragem
É glória.
Meu espírito
É infinito.
Meu medo
É constante.

Sou apenas
Mais uma alma
Buscando simplesmente
A perfeição.


-Vitor Rabelo de Sá

Misturas.

Que a noite não tape os meus olhos,
Forçando-me a deitar como um escravo
Nesse chão coberto por cacos de vidro.
Quero apenas contemplar a Grande Lua.

Que esse tsunami negro diário
Não arrebente minhas muralhas
Já tão enfraquecidas de tanta luta.
Quero apenas navegar nessa maré.

Que essa música não tire o meu prazer
De escutar aquilo que tanto desejo.
Minha vontade de viver supera a de amar.
Talvez o contrário, não sei.

Nossa mistura de vida e amor
Há sempre de ser verdade.

- Vitor Rabelo de Sá

Sonho.

Aquela mentira toda
Que contei
Mais de mil vezes.

Um dia tornou-se verdade.

Aquela verdade
Que mora em meus sonhos,
Combustível dos meus dias.

Vontade de ser
Puramente verdade.
Nada mais que uma troca
De emoções.


- Vitor Rabelo de Sá

Descobertas.

Qual a razão
De desvendar novos olhos,
Se o seu brilho
Nunca hei de ter?

Ah! Distância,
Já que tu existe,
Diminua de tamanho
Para que esse brilho
Ilumine meu corpo,
Que de tão sem luz,
Encha de cor
Minha felicidade.


- Vitor Rabelo de Sá

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O desenho.

O desenho do teu rosto
Cega tudo o que é feio.
Tua beleza, ao contrário,
Alivia toda a dor existente.

Esse sonho meu,
Que almejo a realidade,
Já quase não há possibilidade
De entregar-se em toda vontade.

É a vida que tenho, alegre.
Talvez eu não seja inteiro,
Talvez eu não seja verdade.
Sou apenas mais um lago de emoções.

Quero que o tempo pare
Para que eu possa te alcançar
Naquele sonho tranquilo
Que eu tenho em toda noite eterna.

- Vitor Rabelo de Sá

A luz.

Por que toda essa luz negra a me cegar?
Ela veio me cegar por quê?
Não sei, apenas não sei porque tanta escuridão.
Aquela luz branca não vem, não, por quê?

A morte já quase o conheceu
Em uma tarde de inverno, tranquila.
Apenas um exagero de emoções.

Por quê?
Pelo quê?
Para quê?

Apenas mais um exagero de amor.
A alienação é bem-vinda.
Eu sou um alienado
Sufocado!
Por uma ilusão.

Não venha, agora, me salvar.
Conheço minhas dores e súplicas,
Conheço meus pesadelos.
Apenas não conheço meu coração, não!


- Vitor Rabelo de Sá