Não há lua nesta noite
E o frio na alma despida
Usa a saudade de açoite
Que marca demais a vida.
E que de vida,
Tenho metade de lua
Que há tempos
Anda ausente de minha noite.
O desoriente deste norte
Um calafrio na descida
O vento que uiva mais forte
E a falta da tua guarida
Mas o poeta que sonha
Desenha a tua presença
Em cada dobra da fronha
E pede à saudade licença
E se tudo fosse sonho
Não poderia, eu, recordar
De tua beleza, num tom
Distante de um olhar.
E, na lua, sinto a presença
Do teu pensar, teu amar.
E, na lua, sinto a ti,
Ali, quietinha, a me olhar.
- Marisa Schmidt, Vitor Rabelo de Sá e Wasil Sacharuk
Ficou bom! Valeu, mano
ResponderExcluir