sexta-feira, 19 de julho de 2013

Norte

Talvez, por sorte,
Ou por poesia,
Faço meu repente
Nesse pensamento.

E, por sorte,
Eu, que sou
Do norte,
De terra seca,
Povo forte.

Não há possibilidade
D'eu deixar minha terra,
Esse mar anil,
Por alguma serra.

Só hei de vagar
Pelo Brasil,
Espalhando todo
Esse meu cantar

Que vem de cima,
Lá do Norte,
E vai caindo,
Vai descendo
Para o Sul.

Sul de gente aperriada,
Gente espremida,
Gente apertada.

Trago, neste falar,
As falas de um falador
Que fala de tudo
Mesmo que tudo
Seja nada.

E não há nada
Que me faça
Parar de falar
As falas do
Coração.


- Vitor Rabelo de Sá
(19/07/2013)

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