sábado, 13 de abril de 2013

Poema de ônibus

Enquanto tudo está parado,
A linha contínua
É infinita.

A espera é infinita,
A tensão é infinita,
A angústia é infinita.

Essa prisão móvel
Com horários marcados,
Com locais exatos,
Com preço determinado.

A espera.

O imprevisto para o fluxo,
Multidões de vida
Sem vida.
Parece uma fotografia,
Tudo estático.

Está tudo parado no trânsito.
E o poema é, pelo tedio,
Fabricado dentro do ônibus.


- Vitor Rabelo de Sá

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