domingo, 21 de abril de 2013

Olhos

O sal que escorre
Dos meus olhos
Tentam desesperadamente
Alimentar a minha alma.

Toda a tensão do sentimento.
O olhar capturando o momento,
A sensibilidade inquestionável
Das imagens que se metamorfoseiam.

E, quando eu finalmente
Poder te carregar ao peito,
Dentro de uma sala,
Uma sala que não há tempo.

Pois o tempo esquece
De quem espera,
O tempo passa como um tufão,
Como uma onda gigante.

Pois venha, então,
Já que não há mais tempo,
Já que não há mais espera,
Já que não há mais futuro.

Porque eu sou agora.
Eu sou o último marinheiro
Nesse navio perdido.
Porque eu sou você.



- Vitor Rabelo de Sá

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