quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Aperto

E o que resta
É o cheiro amarrotado
Na camisa amassada

E o gosto
Na lembrança
Daquela noite
Cheia de luar
Para contemplar
A dança entre
Nós dois.

E o que resta
É o vazio da incontinuidade
Pendurado no tempo
De toda vontade,
Desejo e pensamento.

Esse aperto,
Tão perto,
Que guardo
Dentro de mim,
Tão presente,
Tão distante,
Constante.


- Vitor Rabelo de Sá.
( 25 / 12 / 2013 )

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