Cada vez que se desloca
Aquele ponteiro do relógio,
A determinação da nossa vida,
Da minha vida,
Minha existência.
Envelheço a cada Tic.
Sobrevivo a cada Tac.
Um desespero por viver.
Uma esperança que nasce
De que, a cada barulho mecânico,
A vida vai se diluindo,
Se desmanchando,
Vai acabando.
Mas eu sei que vai demorar.
Não tenho pressa para que
A energia do relógio acabe.
Produzo energia a todo momento.
Só me cabe ter essa solidão
Dentro de mim.
Até saber quanto essa energia pode durar,
Mas eu não sei,
Você não sabe.
Só cabe a mim viver.
Só cabe a mim respirar.
Mas eu não dependo só de mim,
Mas você depende (de mim).
Ah, Tempo,
Que sua tortura seja longa e
Prazerosa.
- Vitor Rabelo de Sá
Nenhum comentário:
Postar um comentário