domingo, 30 de setembro de 2012

Cai, cai cai. A gota.

Cai, cai, cai
A gota de vida no meu copo.
Cai, cai, cai
A gota de morte no chão.

E vai caindo a gota,
Vai alternadamente.
Uma no copo,
Uma no chão.

E vai caindo...

Mas a garrafa está cheia,
O que tem, não sei,
Só quero que derrame
Todo o conteúdo
Em meu copo.

Pois quero a vida,
Quero a limitação da pulsação,
Quero a determinação
Do respirar.

Mas o que ocorrerá,
Apenas a mim cabe saber.

E que esse copo não transborde de vida.
Porque se cair, torna-se morte.
A morde do desejo,
Da felicidade.

Então,
Que se beba moderadamente tudo isso,
Porque se acabar, também não há mais vida.

Então cai, cai, cai.
E vai caindo,
E vai surgindo,
E vai vivendo.
Vivendo.
Vivendo.
Vivendo.


- Vitor Rabelo de Sá.

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