quinta-feira, 17 de março de 2011

Solidão das capitais.

Eu sou o bêbado solitário
Andando e cambaleando pelas ruas
A cantar tristemente meu blues.

A noite me engole
Na velocidade que devoro meu vício.
E nessa solidão de bar,
Eu me embriago de fatos diários
Contados por cabeças voadoras chorosas.

Eu sou o bêbado solitário,
Meu sonho é a eterna bebida
Que me faz pensar e cantar,
Correr, andar e amar.

Que não falte a tristeza no mundo.
Pois ela é a motivação da alegria,
Ela é a inspiração do dia a dia,
É o pão nosso de cada dia!

Resta-me apenas mais um gole,
A última dose do dia,
Posso agora sonhar deitado na calçada,
Coberto pelo manto negro de estrelas,
Contemplando a silenciosa lua cheia.




- Vitor Rabelo de Sá

2 comentários:

  1. Infelizmente para os desgraçados pelo sistema o que lhes restam para viverem de uma forma "menos mal" é acreditar em suas quimeras... Ao invés de viverem o transe que é de fato sua realidade...

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  2. É isso aí, cara! Viva a poesia boêmica! Aliás, viva todos os "tipos" de poesias. Não que experimentemos todas, mas que experimentemos as que nos forem cabíveis e convivemos com todas! :D

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