quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A mata

A mata verde sente,
De toda forma, a dor, sente.
De todo amor, o ardor, sente.
De toda vida, a alegria, sente.

O verde do mar,
Confuso como o teu olhar,
É presente, é estar,
É sorrir, amar.

E a tua casa
Abandonada,
Está ali, largada,
Na ilusão do teu passado.

E o teu sangue,
Antes vermelho,
Agora chora, cinza.

E o teu ar,
Cheio de graça,
De sorriso,
Agora só fumaça.

E a tua teia
Repleta de vida,
Agora só energia.

O retrato diário
Que vejo da tentativa
Da invasão de uma árvore
Nessa floresta de concreto.

Por isso,
Arrancarei o meu coração
Que estava ali,
Cravado num chão de pedra.


- Vitor Rabelo de Sá.
( 12/11/2013 )

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