E meu cotidiano é estar,
É estar ali, parado,
Parado frente ao tempo,
Tempo de gritar,
Gritar ao mundo a vontade,
Vontade de verdade,
Verdade de você.
E meu cotidiano é estar,
Estar em busca,
Busca de vida,
Vida tentando sorrir,
Sorrir para quem se olha.
E meu cotidiano é repetitivo,
É maquinal, robótico,
E meu cotidiano é artificial.
É artificial porque não há vida,
É artificial porque há um mundo escuro,
Invisível a me rodear.
Mas, ao se perceber,
Vejo-me alegre
Porque a vida mora ao meu lado.
- Vitor Rabelo de Sá
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